Mais uma alcançada, foi o processo de formação acadêmica:
Bacharel em Engenharia Florestal,
pela Universidade Federal do Acre,
expresso gratidão à instituição e aos parceiros
que contribuíram de forma significativa!
;)
Resumo do trabalho de monografia:
FLORÍSTICA, ESTRUTURA E ETNOBOTÂNICA DE UM PROJETO DE ASSENTAMENTO AGROEXTRATIVISTA EM XAPURI, ACRE
As pesquisas realizadas por meio das mais variadas formas de levantamento dos recursos florestais fornecem informações essenciais para o desenvolvimento sustentável. Os levantamentos florísticos e estruturais fornecem informações sobre a importância das espécies que compõem a comunidade florestal e, ainda, subsidiam as decisões referentes ao manejo florestal. Já os levantamentos etnobotânicos permitem averiguar como as comunidades da floresta utilizam os recursos florestais, das mais variadas formas, por meio do conhecimento tradicional. O objetivo deste trabalho foi conhecer a composição florística e a estrutura de uma floresta submetida ao manejo florestal comunitário e investigar os usos da floresta pela comunidade residente no local. A análise da vegetação consistiu em investigar o inventário censitário do Plano de Manejo Florestal Sustentável (PMFS), categoria comunitário, do Projeto de Assentamento Extrativista Seringal Equador (PAE-SE), Xapuri, Acre, no qual foram levantadas todas as espécies comerciais com DAP ≥ 40 cm. E o levantamento etnobotânico consistiu em aplicar formulários semiestruturados nos comunitários envolvidos com o PMFS do PAE-SE, com assinatura do termo de consentimento livre esclarecido, para se conhecer o perfil dos manejadores, identificar as espécies utilizadas e classificá-las quanto às sete categorias de uso estabelecidas (medicinal, alimentar, construção, lenha, manejo florestal, artesanato e outros usos). Na análise da vegetação, foram inventariados 4.137 indivíduos arbóreos com DAP ≥ 40 cm, classificados em 32 famílias e 88 espécies, com um índice de diversidade de Shannon-Wiener de 3,07, variando de 2,37 a 3,30 entre as Unidades de Trabalho (UT’s). A densidade total foi de 22,3 árvores/ha e a área basal, de 7,17 m²/ha. As cinco espécies com maior VI foram Tetragastris sp., Bertholletia excelsa, Pouteria caimito, Hevea brasiliensis e Clarisia racemosa. A estrutura diamétrica apresentou tendência à distribuição exponencial negativa (formato de “jota-invertido”), com DAP mínimo e máximo de, respectivamente, 40,1 cm e 178,3 cm. Na análise etnobotânica, foram entrevistados, em novembro de 2011, 20 manejadores, sendo todos homens responsáveis pelo manejo florestal em suas colocações. Os comunitários entrevistados citaram e identificaram usos para 89 espécies, distribuídas em 31 famílias botânicas, incluindo árvores, palmeiras e cipós. As três espécies mais versáteis foram Tetragastris sp., Pouteria caimito e Hymenaea oblongifolia. Quanto ao valor de uso por espécie, as espécies que se destacaram foram Tetragastris sp. (1,8), Cedrela odorata (1,6), Amburana acreana (1,3), Aniba canellila (1,2) e Euterpe precatoria (1,1). Quanto ao valor de uso por categoria, o maior valor foi da categoria alimentar (0,60), seguida pela categoria medicinal (0,52). O índice de diversidade de Shannon-Wiener associado aos usos e citações das espécies foi de 1,69 e o índice de equabilidade de Pielou, de 0,87, indicando baixa diversidade de usos e que não há dominância no uso das espécies citadas.
Palavras-chave: Levantamento etnobotânico. Manejo florestal comunitário. Projeto de Assentamento Agroextrativista Seringal Equador.
